NIGÉRIA: Leah Sharibu passa mais um aniversário em cativeiro por não ter renunciado ao cristianismo

NIGÉRIA: Leah Sharibu passa mais um aniversário em cativeiro por não ter renunciado ao cristianismo

Ontem, domingo, dia 14 de Maio, Leah Sharibu fez 20 anos. Pela sexta vez, esta jovem cristã passou o seu aniversário em cativeiro. Sequestrada pelo Boko Haram no dia 19 de Fevereiro de 2018, juntamente com cerca de uma centena de colegas da sua escola em Dapchi, Leah é hoje um símbolo da perseguição aos cristãos na Nigéria.

Quando a 21 de Fevereiro de 2018 homens armados pertencentes ao temível grupo terrorista Boko Haram invadiram a Escola Técnica de Ciências em Dapchi, no estado de Yobe, na Nigéria, um estabelecimento de ensino oficial só para raparigas e levaram à força 110 alunas, Leah Sharibu tinha apenas 14 anos de idade. Dali a poucas semanas, todas seriam libertadas menos Leah Sharibu, que ficou em cativeiro por ser cristã e recusar a conversão ao Islão, como os terroristas exigiam. Desde então, a jovem passou já seis vezes o seu aniversário longe da família e dos amigos. Apesar de todos os apelos, nomeadamente dos seus pais e de instituições como a Fundação AIS, a jovem cristã continua refém do Boko Haram e desconhece-se exactamente onde está e como se encontra.

História emblemática
A história de Leah é extraordinária e emblemática. Ela é um símbolo da perseguição aos cristãos na Nigéria. Sinal disso, há três anos, na Quaresma, a Fundação AIS seleccionou cerca de quatro dezenas de histórias de pessoas cujas vidas de entrega aos outros e a Deus são inspiradoras. Entre esses heróis e mártires por amor estava Leah Sharibu. Numa altura em que na Nigéria os cristãos são alvo constante de ataques e perseguição – a Fundação AIS promoveu este ano a campanha “SOS Cristãos da Nigéria”, precisamente para sensibilizar a opinião pública para esta situação dramática que se está a viver neste país de África – Leah não pode ser esquecida. A Fundação AIS em Portugal tem procurado lembrar a história desta jovem rapariga que ousou renunciar à sua liberdade por causa da sua fé, por causa da sua religião.

“Não perdemos a esperança…”
No passado mês de Fevereiro, no dia 21, quando se assinalou o quinto aniversário do rapto, o padre nigeriano Simon Okechukwu Ayogu, a viver em Portugal há quase duas décadas, enviou uma mensagem para Leah através da Fundação AIS. “No quinto aniversário do teu desaparecimento, Leah, estou aqui para te dizer que nós ainda aguardamos com esperança o teu regresso. Ainda não perdemos a esperança de que um dia vais estar junto de nós para nos contar o que te aconteceu, o que viste, o que ouviste, o que pensaste e até o que tentaste fazer e não conseguiste. Queremos ouvir a tua história, seja ela qual for”, diz Simon Ayogu, de 46 anos, pároco em Lomar e Nogueira, na Arquidiocese de Braga. Este sacerdote já estava a viver em Portugal há vários anos quando os terroristas sequestraram Leah Sharibu. Desde então, tem acompanhado com preocupação a sua história. Na mensagem vídeo gravada para a Fundação AIS, o Padre Simon afirma que “a Nigéria falhou” para com Leah, assim como “falhou com muitos outros, que viram as suas vidas cortadas” por causa da violência que se faz sentir cada vez com mais intensidade neste país africano.

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

Relatório da Liberdade Religiosa

A liberdade religiosa na Nigéria está gravemente ameaçada. As vítimas são predominantemente cristãs, mas também muçulmanas e de religiões tradicionais, líderes religiosos e fiéis que sofrem às mãos dos terroristas, grupos armados jihadistas e criminosos nacionais e transnacionais.

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