NIGÉRIA: Igreja está presente entre os mais pobres na Diocese de Abuja

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O lugar é muito pobre. A capela é feita de chapas de zinco, as casas são quase miseráveis. Não há electricidade nem água. Não há nada além das pessoas que por lá vivem e dos animais. O padre Thaddeus Anasigwe foi enviado para esta aldeia quase sem nome no meio da Nigéria. A sua missão é servir. Servir estas pessoas, viver com elas, viver para elas. Apesar da pobreza imensa, o padre Thaddeus sorri.

O arcebispo de Abuja decidiu que a igreja deveria estar presente mesmo nos lugares mais insignificantes, mesmo nas aldeias mais distantes e pobres que quase não se encontram no mapa. São lugares sem importância, mas onde vivem as pessoas que agora são os paroquianos do padre Thaddeus Ekene Anasigwe. São todos pobres, mas o sacerdote fala deles com um sincero deslumbramento. Ele consegue ver mais do que nós, consegue ver para além dos olhos. O que ele vê está ao nível do coração, da alma. “As condições de vida aqui são muito, muito pobres”, explica a uma equipa da Fundação AIS que esteve na Nigéria a acompanhar o trabalho da Igreja. “As pessoas nem sequer têm água, luz ou cuidados de saúde. Há problemas de segurança”, diz ainda como se precisasse de explicar a vida miserável que se esconde em tantas aldeias como aquela na diocese de Abuja, na Nigéria, onde nos recebe. Mas é ali, por causa daquele povo que vive naquelas casas que os seus olhos se iluminam sorrindo. “Todos os dias estas pessoas fazem um esforço para ver Cristo umas nas outras…”

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“Era um dia como outro qualquer à excepção do frio.” As memórias de Kanwai Tablat vão parar muitas vezes a esse dia 8 de Janeiro de 2020. Estava no Seminário Maior do Bom Pastor, no estado de Kaduna, na Nigéria. Tinha acabado de adormecer há uns dez, quinze minutos, quando escutou um grande estrondo. Levantou-se, abriu a porta e viu uma arma apontada. O seminário estava a ser atacado. Todos os seminaristas na Nigéria estão cientes de que a Igreja Católica se tem vindo a tornar num alvo cada vez mais frequente de grupos armados, sejam eles terroristas ou simples malfeitores. Tablat também sabia disso. No entanto, nunca imaginara que um dia iria mesmo passar por uma experiência dessas. Mas esse dia chegou. Foi a 8 de Janeiro de 2020 e fazia muito frio. “Vi uma arma apontada e disseram-nos para sair. Eu pensei: Uau, estamos a ser raptados.”

ARRISCAR TUDO

A Igreja na Nigéria está numa encruzilhada. A violência cresce quase de dia para dia. Os ataques às comunidades cristãs são cada vez mais frequentes, assim como os raptos de sacerdotes. Há uma ameaça no ar e em algumas regiões é preciso mesmo coragem para os fiéis irem à missa aos domingos. Há um sentimento quase generalizado de abandono, de que as autoridades não fazem o suficiente para proteger os cristãos, que parecem ser cidadãos de segunda, como se tivessem menos direitos. Ao longo dos 12 meses de 2022, houve o assassinato de sete sacerdotes. Quatro, no desempenho das suas missões, e mais três que acabariam assassinados após terem sido vítimas também de rapto. Em Dezembro, no espaço de apenas 72 horas, dois sacerdotes foram raptados em duas dioceses. Já este ano, um padre morreu, queimado, quando assaltantes armados atacaram a sua casa paroquial em Kafin-Koro, na Diocese de Minna. O medo alastra mas também por isso é extraordinário haver o exemplo de padres que arriscam tudo na defesa dos mais fracos, dos mais pobres, dos que estão longe em aldeias que mal se avistam nos mapas. Da Nigéria chegam-nos exemplos inspiradores de sacerdotes que assumem a sua missão até às últimas consequências, dando a vida se necessário for, doando-se por inteiro aos esquecidos pela sociedade, em aldeias onde falta tudo, onde não há electricidade nem água, nem posto médico, nem nada. Às vezes até sem comida no prato. Mas eles lá estão, com o seu povo, contagiando e contagiando-se de uma fé que nasce do coração. O padre Thaddeus pede para não nos esquecermos da Igreja que sofre na Nigéria. Uma Igreja onde há muitas aldeias muito pobres que escondem um verdadeiro tesouro. O tesouro da fé.

Nesta Quaresma,
lembre-se dos cristãos perseguidos na Nigéria.

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no meio da perseguição

> Envio de Estipêndios de Missa para a subsistência de 54 sacerdotes e das suas comunidades, na Diocese de Zaria.
> Construção de vedações de segurança para as Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, em Malunfashi e Zuru, na Diocese de Sokoto.

Por motivos de segurança dos sacerdotes e religiosas, não podemos comunicar os montantes dos projectos que a Fundação AIS está a apoiar.

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A liberdade religiosa na Nigéria está gravemente ameaçada. As vítimas são predominantemente cristãs, mas também muçulmanas e de religiões tradicionais, líderes religiosos e fiéis que sofrem às mãos dos terroristas, grupos armados jihadistas e criminosos nacionais e transnacionais.

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