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NÍGER: Massacre de dezenas de civis junto ao Mali recorda situação da Irmã Gloria, em cativeiro nesta região há 4 anos
O ataque no passado sábado, dia 2 de Janeiro, a duas aldeias no sudoeste do Níger, perto do Mali e do Burkina Faso, e prontamente atribuído a “terroristas islâmicos”, levanta a questão sobre o paradeiro da Irmã Gloria, em cativeiro às mãos de um grupo terrorista precisamente nesta zona.
Calcula-se que pelo menos 100 pessoas tenham morrido em consequência do ataque às aldeias de Tchom Bangou e Zaroumdareye por grupos armados vindos do Mali e que se faziam transportar em motos. Há relatos de que os militantes jihadistas matavam “pessoas que corriam para as suas casas”.
Este “massacre de civis”, como refere o portal de notícias do Vaticano, vem recordar que nesta região se encontra em situação de cativeiro uma religiosa franciscana, Gloria Narvaés Argoti, sequestrada há quase quatro anos, a 7 de Fevereiro de 2017, quando se encontrava no seu convento em Karangasso, no Mali. As últimas informações sobre esta irmã colombiana, de 57 anos de idade, são de Sophie Pétronin, 75 anos, uma antiga refém que partilhou o cativeiro com ela e que foi libertada em Outubro do ano passado.
Dias depois da sua libertação, na madrugada de 5 de Outubro de 2020, Pétronin falou da Irmã Gloria, a quem carinhosamente chamava de “companheira de quarto”, defendendo a urgência na sua libertação dado o seu estado de saúde. “Algo tem de ser feito pela minha companheira de quarto, Gloria, pois ela não está bem”, disse a ex-refém, acrescentando: “a sua cabeça está a falhar…” Além da irmã Gloria Argoti, os terroristas tiveram também em cativeiro, entre outros reféns, uma missionária suíça, Beatrice Stockli, que terá sido entretanto e também segundo o depoimento da francesa Sophie Pétronin, executada a tiro.
A libertação da franciscana Gloria Narvaéz Argoti tem mobilizado a Fundação AIS desde o primeiro momento quando a religiosa foi sequestrada por homens armados que pertencerão a um grupo jihadista ligado à Al Qaeda. Na Quaresma do ano passado, a Fundação AIS lançou a campanha “Mártires e Heróis por Amor” com histórias de cristãos perseguidos nos tempos actuais. O caso da irmã colombiana é dado como exemplo dos que, apesar dos riscos, ameaças e sofrimento, não deixaram nunca de testemunhar a sua fé mesmo nos lugares mais perigosos do mundo.
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