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Não temos água nem luz... | Ucrânia
Imagine ter de arrancar o soalho para aquecer a sua casa. “É difícil. Materialmente difícil. Não temos água nem luz. Só velas. Arrancamos o soalho. Podem ver. Temos de aquecer a casa. Mas não vamos roubar. Não. Não queríamos que os nossos filhos vivessem assim. Para que é que nós servimos? Só a Igreja é que nos ajudou… com roupas e diversos produtos. Mais ninguém. Eu era motorista. Ela trabalhava num laboratório químico. Conhecemo-nos e viemos viver juntos. Mais tarde queríamos ganhar dinheiro, por isso fomos para Gorlovka. Depois veio a guerra… Lá não havia trabalho, por isso regressámos. Há trabalho, mas não pagam. A minha mulher também arranjou emprego… durante seis meses. Mas não lhe pagaram. Por isso, voltou para casa. Meio ano e não lhe pagaram nada. Ela recebia o abono de família, mas retiraram-no. Eu tinha uma reforma, mas retiraram-na. Esperamos que o tempo melhore para podermos encontrar trabalho, nem que seja nos campos. E esperamos que o hospital abra. Gostava muito de lá trabalhar. Isto é o que temos para comer até ao fim do dia de amanhã. É a sopa que o Irmão Aloys nos deu. Só a Igreja é que nos ajuda.
A Igreja na Ucrânia cuida dos que foram afectados pela guerra. E nós? Vamos ajudar?
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