• OBJECTIVOS DO PROJECTO •
• Educação: financiar 80 propinas (Líbano)
> 45€ uma propina anual
• Cabaz alimentar: oferecer um cabaz a 10 famílias durante um ano (Síria)
> 28€/mês cada cabaz
ATÉ DEZEMBRO DE 2022:
• Financiar mais 82 propinas (Líbano)
• Financiar mais 10 famílias com cabazes alimentares (Síria).
TOTAL EM 2022:
• 162 crianças apoiadas com propinas (Líbano)
• 20 famílias apoiadas com cabazes alimentares (Síria)
• Fortalecer as congregações na sua capacidade de apoiar as famílias na aquisição dos bens essenciais.
• Dar a conhecer e sensibilizar outras famílias para a situação das famílias cristãs destes 2 países.
• Estabelecer uma geminação com uma congregação do Líbano no sentido de nos enriquecermos mutuamente com a cultura, valores, história, desafios, etc, de apoiar as necessidades da congregação para as iniciativas de apoio no local, e de estreitar relações entre este grupo de famílias e a congregação.
*Ao efectuar o pagamento por MB WAY deverá colocar na descrição:
> MAS + país(es) a apoiar
Exemplo: MAS Líbano (ou Síria)
IBAN
PT50 0269 0109 0020 0029 1608 8
Para receber o recibo do seu donativo, envie SMS, WhatsApp ou e-mail com os seus dados (nome, morada e NIF) para apoio@fundacao-ais.pt
Um grupo de famílias do Movimento Apostólico de Schoenstatt (MAS) de Lisboa, que quer apoiar famílias sírias e libanesas, está a desenvolver um projecto abrangente nestes países, enquanto grupo de voluntariado da Fundação AIS. A partir da leitura da Encíclica Fratelli Tutti do Papa Francisco, foi dado um primeiro passo no Natal de 2021 pelo Acolher de Coração ao associarmo-nos à Fundação AIS – Operação Natal da Irmã Annie Demerjian, da Congregação de Jesus e Maria, da Síria. Para o arranque deste projecto contamos com o apoio da Convergência.
A Fundação AIS é o secretariado português da organização internacional Aid to the Church in Need (ACN), uma fundação pontifícia que surgiu no Natal de 1947 e está presente em Portugal desde 1995. Para além da sua missão pastoral, a Fundação AIS ajuda os Cristãos perseguidos, refugiados ou ameaçados em todo o mundo, por causa da sua fé.
• MISSÃO •
Contribuir para a permanência das famílias cristãs da Síria e do Líbano nas suas comunidades, fortalecendo-as, tendo presente a vocação específica das comunidades cristãs naqueles países como artesãs da Paz. Ao apoiar a Fundação AIS, está a contribuir para que crianças e famílias da Síria e do Líbano tenham acesso a educação e alimentos.
• CONHEÇA OS NOSSOS PROJECTOS •
População: 6M
Área: 10.452 Km2
Capital: Beirute
Língua: Árabe (oficial) e francês (reconhecido)
Religião: país com maior diversidade religiosa no Médio Oriente• Muçulmanos: 58.8%
• Cristãos: 35.1%
• Agnósticos: 2.9%
• Budistas: 2.1%
• Outros: 1.1%
O Líbano é um país único no mundo e em particular no Médio Oriente, porque tem uma Constituição Civil mas também porque é o país com uma percentagem muito considerável de cristãos, a maior de todo o mundo árabe. Para além disso, a partilha do poder entre as várias religiões, o que é único, tem permitido uma relativa estabilidade e respeito pelas diferentes comunidades. O presidente é sempre um cristão, o primeiro-ministro é sempre um sunita e o presidente da Assembleia da república é um xiita. No Líbano convivem 18 comunidades religiosas, o que mostra a diversidade e o carácter único deste país.
O Líbano está a atravessar uma das mais profundas crises da sua história e isso tem vindo a contribuir para o acelerar da migração da população cristã face ao colapso económico e financeiro de empresas, famílias e do próprio Estado. Uma sucessão de eventos levaram à actual situação, desde a guerra civil até às manifestações contra o Governo em Outubro de 2019 e que levaram ao colapso financeiro em 2020. A pandemia da Covid-19 teve alto impacto e a explosão do porto de Beirute, em Agosto de 2020, foi a gota de água que leva à actual situação.
Por outro lado, o Líbano é o país do mundo que acolhe mais refugiados per capita. Para além dos 500 mil refugiados palestinianos desde o fim da década de 40, também acolheu cerca de 1,5 milhões de sírios, para além de outros refugiados da Etiópia, Iraque, Sudão, entre outros.
A actual situação é dramática, a população está desesperada e sem esperança devido à inflação elevadíssima que reduziu quase a cinzas as poupanças das famílias e como consequência a sua incapacidade para sobreviver condignamente. As famílias deixaram de ter capacidade para pagar as suas despesas, para adquirir os bens essenciais, desde o pão, ao leite e aos medicamentos. Actualmente, o Líbano só tem 2 horas de electricidade por dia devido também ao colapso do próprio Estado que deixou de conseguir providenciar o essencial para o povo.
Existe o receio de que, se esta crise continuar, seja o fim dos Cristãos no Líbano e em todo o Médio Oriente dentro de alguns anos. Normalmente quando os Cristãos partem, como aconteceu no Iraque, Síria e Turquia, já não regressam. De facto, muitos cristãos têm decidido emigrar, pois receiam, face à degradação da condição económica com uma inflação galopante, não poder garantir um ambiente de liberdade religiosa nem uma vida digna para as suas famílias. A situação degradou-se de tal forma que, hoje em dia, calcula-se que mais de 80% da população viva abaixo do limiar da pobreza.
População: 18 milhões
Área: 185.180 Km2
Capital: Damasco
Língua: Árabe
População Cristã – 2% (10% antes de 2011)• Muçulmanos: 94.3%
• Cristãos: 3.6%
• Agnósticos: 2.0%
• Outros: 0.1%
Ao fim de 11 anos de uma guerra que já causou cerca de 500 mil mortos – a data do início do conflito foi a 15 de Março de 2011 –, a Síria é hoje um país empobrecido, com mais de 13,5 milhões de sírios que precisam de assistência humanitária e de protecção dentro da Síria, com quase 14 milhões de pessoas deslocadas, dentro e fora das fronteiras, com uma taxa de pobreza asfixiante em que cerca de 90% da população vive abaixo do limiar da pobreza e com cerca de 6,5 milhões de crianças que precisam de ajuda humanitária.
A maior parte dos Sírios são muçulmanos sunitas. Alauitas, Cristãos e Drusos fazem parte do mosaico religioso tradicional do país. Os Curdos são o grupo étnico não árabe mais importante. A maior parte da população adere ao Islamismo sunita. Desde 2011, a situação da liberdade religiosa tem-se deteriorado muito. Antes da guerra, os Cristãos constituíam uma parte significativa da população, cerca de 10%. Hoje são apenas 2% da população.
“Este é o pior momento desde que começou a guerra. Muitas pessoas estão a passar fome. Há muitas crianças que não conseguem ter uma refeição por dia. Nós ajudamos, mas não é suficiente…” As palavras são da Irmã Annie Demerjian, da congregação de Jesus e Maria, durante uma conferência ‘online’ com a Fundação AIS.
Mas também a Madre Agnès-Mariam de la Croix, superiora das Monjas de Unidade de Antioquia, afirma: “Posso dizer que esta situação é catastrófica. A sobrevivência torna-se impossível para o nosso povo, sejam cristãos ou não, porque nós, no Mosteiro de São Tiago Mutilado, cuidamos de toda a gente, porque todos são seres humanos criados à imagem de Deus.”
A crise na Síria é o resultado não só da destruição causada pela guerra, que é visível em praticamente todo o território, como também pelas sanções económicas impostas ao regime de Bashar al-Assad pelos Estados Unidos da América e pela União Europeia, e mais recentemente pela pandemia do coronavírus.
É muito importante apoiar as famílias cristãs a permanecerem na Síria e nos outros países do Médio Oriente. O Médio Oriente não pode ficar sem a comunidade cristã que é essencial como sinal de paz, amor e solidariedade. A comunidade cristã faz ponte entre as outras religiões, apesar de todas as dificuldades.
“O apoio espiritual é mais importante do que o material. Continuem a rezar por nós para que não percamos a esperança, e o nosso povo não perca a esperança. Queremos que os Cristãos permaneçam nesta terra santa. Rezo por cada um de vós, muitas vezes oferecemos Missa por vossa intenção e pelas intenções dos benfeitores”, disse ainda a Irmã Annie Demerjian.